É muito normal uma empresa economizar nos gastos com funcionários.
As diárias pagas são as menores, os equipamentos são baratos e raramente trocados.
Os aumentos são raros e muito pequenos. A falta de reconhecimento é total.
Não importa que o funcionário tenha que se hospedar no pior hotel da cidade.
Não importa que o motorista do carro que o vai buscar veja que o hotel fica na zona boêmia.
O que importa é reduzir os custos.
O que importa fazer novos gastos onde eles podem ser melhor manipulados em favor dos amigos.
Acontece que esses funcionários são o cartão de visita das empresas.
E os gastos que permitiriam uma hospedagem melhor, por exemplo, são irrisórios em relação a outras despesas das entidades.
Que cada um pague o preço pela economia que julgue certa.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
10 motivos para um controle de frequência não funcionar
Os controles de
frequência sempre foram um problema para várias instituições.
Principalmente em órgãos públicos. As empresas, nesse caso, levam
a vantagem de que a correria para o cumprimento de metas e manutenção
do lucro impede que haja tempo para maiores discussões e desgastes
relacionados a esse assunto. Impera é o bom senso e as decisões
rápidas.
Em alguns casos as
dificuldades em se ter um bom e justo controle podem ser enormes.
Já não é fácil
controlar pessoas que estão todos os dias trabalhando no escritório,
imagine-se a dificuldade em controlar quando é feito serviço
externo, por exemplo. E ainda há os atestados, as licenças, os
atrasos justificados. E o mais complicado de tudo, gente que não
pode ser mandada embora, mas que nunca vai cumprir o horário.
Quanto a essas pessoas
especiais, seja no serviço público, ou na iniciativa privada,
existem sim. E vão continuar a existir sempre. Pode ser aquele
funcionário concursado cujo processo administrativo para puni-lo ou
demiti-lo seria muito custoso e que é útil à entidade em grau até
maior que o que cumpre os horários. Pode ser o filho do patrão.
Pode ser a amante do gerente de uma empresa ou de uma loja. Pode ser
a esposa de uma autoridade ou de um grande empresário que ainda
gosta, por alguma tara absurda, de fazer um social com as pessoas
mais pobres do seu local de trabalho, mas que tem muitos compromissos na sociedade. Todos esses casos são dor de
cabeça certa para quem tem que controlar a frequência, inclusive pelo exemplo negativo.
Cabe, é claro, o bom
senso, principalmente por parte de quem tem que cumprir fielmente o
seu horário.
No caso daqueles que
acabam tendo que cumprir fielmente o horário e que são a maioria, a
índole e a formação de berço devem ser os motivadores não só
para o cumprir sua carga horária diária: Ancorados em sua fibra e
correção moral, estes heroicos e assíduos soldados da instituição
devem reconhecer as dificuldades vividas pela administração e que
são aqui ligeiramente tratados.
Alguns lugares revelam
um histórico interessante e positivo em relação ao controle de
frequência. Mas, em geral, o perfil desses funcionários “fáceis”
de controlar não é aquele que se repete nos outros lugares.
Em uma prefeitura
municipal ficou conhecido o procedimento de passar o crachá com
código de barras – não magnético – e deixar marcado o horário
que se chegava ou saía da instituição. Ao final do mês, um
relatório era impresso para cada chefe com os detalhes sobre o
comparecimento de cada servidor.
Nesse caso específico,
tratava-se de servidores com uma média de idade de pouco mais de 20
anos. Não havia muitos casos de gravidez ou licenças. Nem de
problemas de saúde devido à idade. E, em que pese se tratar de
funcionário públicos, não havia muitos casos de ausência
injustificada.
Ainda assim, era
possível sair à rua, caso o chefe não exercesse controle visual
permanente e retornar apenas para passar o cartão.
A seguir, uma lista dos
principais motivos para que não se consiga um controle efetivo e
JUSTO de ponto:
1 – Geralmente os
sistemas instalados acabam funcionando mal algum dia e não voltam a
funcionar;
2 – Existem muitas
situações diferentes que podem acontecer e que justificam,
realmente, a ausência;
3 – Os sistemas
informatizados como cancelas ou leitores de cartões não contemplam
todas as possibilidades que podem acontecer;
4 - Mesmo que os
relatórios ou listas de frequência tenham todas as informações a
carga de trabalho dos chefes e encarregados para analisá-las pode
ser muito grande;
5 – Nas entidades em
que os funcionários façam trabalho externo fica mais complicado
ainda registrar exatamente o momento em que estão ou não à
disposição da empresa;
6 – Nos casos de
tarefas externas é muito mais efetivo estabelecer metas e as exigir;
7 – A prática de
vários órgãos públicos e empresas particulares é a de que,
cumprindo as metas, o colaborador que faz trabalho externo não seja
obrigado aos mesmos controles que os que fazem trabalhos apenas
internos;
8 – Mesmo os
trabalhadores que fazem serviços internos quando informados de que
os que fazem trabalho externo têm as tarefas controladas por metas,
também querem o mesmo tratamento;
9 - Alguns empregados
nunca se sujeitarão ao cumprimento de horário seja por condições
de prestígio dentro da entidade, ou seja até por condições
físicas ou patológicas;
10 – Havendo alguém
na empresa que não é controlável, irremediavelmente os seus pares
não vão se julgar obrigados a aceitarem o tratamento mais rígido.
Estes são apenas
alguns problemas em se implantar um controle de frequência
satisfatório. Os procedimentos e programas informatizados não
comportam todas as variáveis. Os valores de cada instituição e de
seus colaboradores podem se confrontar.
Em geral, a
administração pode encontrar outras formas de se apurar os
resultados.
Ademais os resultados e
o cumprimento das metas de várias entidades não estão vinculados
necessariamente à presença física, em horários determinados, de
seus colaboradores nos respectivos postos de trabalho. Prova disso é
a ocorrência de várias situações em que o trabalho pode ser feito
de casa.
Mais que o bom senso, o
dia a dia e o inexorável “andar da carruagem” é que definem o
que acontece em cada local de trabalho. Claro que como cabe ao ser
humano, que tão devagar se desenvolve, alguns casos ainda vão
acontecer de recrudescimento e imaturidade de não se ver que certas
coisas não são passíveis de mudanças.
Mas em geral, cada
empresa, cada instituição acaba se encontrando. E o cafezinho na
esquina ou o almoço com a namorada ou o parente que veio de longe
não há de ficar prejudicado...
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